No
dia 29 de Agosto de 1997, duas crianças brincavam em casa – um lugar considerado seguro -,
assistidas pela babá. Dois policiais militares que trabalhavam como seguranças
na loja de Masataka Ota, pai de um dos menores, invadiram a casa em que as
crianças brincavam e seqüestraram Ives Ota, de apenas oito anos.
A
ação terminou rápida (em vinte e quatro horas) e tragicamente: porque Ives reconhecera
um dos delinqüentes, foi morto, em decorrência de dois tiros que lhe atingiram o
rosto.
Seu
pai, Masataka Ota, perdeu o chão. Batalhou, com a esposa, Keiko Ota, por leis
mais duras, inclusive para a mudança do Código Penal, para a instituição da pena
de prisão perpétua para os crimes hediondos. Coletou assinaturas para a aprovação
de uma lei que obrigasse a prisão perpétua agrícola e conseguiu arrecadar mais
de dois milhões de adesões, entregues ao Congresso Nacional em 13 de maio de
1999.
Entretanto,
passados alguns anos, foi convidado pela Rede Globo para uma entrevista, frente
a frente com um dos assassinos de seu filho. A princípio, pensara em vingança.
Porém, enquanto planejava como esta se daria, pediu a Deus para que fosse o seu
guia e lhe enviasse força, sabedoria e que o utilizasse como Seu instrumento.